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Autoria Escrita literatura e escrita criativa Livros Transmorfo

Tudo sobre Transmorfo, meu novo livro de fantasia urbana

Transmorfo é uma fantasia urbana que conta a história de cinco meninas, com habilidade de se transformarem em animais, e que se unem a partir de uma série de assassinatos que ocorre na Academia onde estudam e moram.

Primeiramente, Transmorfos são pessoas que tem a habilidade de se Transformar em animais e, no caso do meu livro, animais de famílias especificas.

PROTAGONISTAS

Temos cinco protagonistas e cinco pontos de vistas nessa história.

Maddie

Maddie se transforma em gato. Depois de perder a sua família e viver muitos anos em um bando de felinos, ela decide recomeçar a sua vida indo para a Academia Linnaeus.

Alisha

Alisha se transforma em coruja. Ela vai para Academia para fugir de um terrível ato que cometeu e tenta ao máximo esconder um segredo sobre seu passado. Mas, claro que não demora muito para esse segredo sangrento ser revelado.

Faith

Faith se transforma em lobo. Ela é a filha “meio que rebelde” da nova diretora da Academia, mas organiza lutas ilegais no campus e ninguém é páreo para ela. Ela se refugia muito na luta.

Frankie

A colega de quarto de Faith é a Frankie, outra das protagonistas, e ela se transforma em coelho. Ela é muito tímida, introspectiva e tem pavor de ser tocada por qualquer pessoa. O fato de os olhos dela serem vermelhos a faz ter um pouco de vergonha da sua aparência.

Essie

Por último, a Essie que se transforma em raposa. Ela quer deixar o estereótipo dela do colégio para trás e recomeçar, mas, logo no primeiro dia de aula a colega de quarto dela é encontrada morta.

AMBIENTAÇÃO

A Academia Linnaeus é uma espécie de faculdade, mas também de abrigo onde os Transmorfos jovens podem ir se refugiar, estudar e treinar. Fica localizado em Winter Meadow, um lugar fictício no Alasca, nos Estados Unidos, que não existe nos mapas. Lá é muito frio e isolado, mantendo a distância de humanos normais e de caçadores.

INIMIGOS

Por puro preconceito, os caçadores abominam os Transmorfos (por isso, eles têm de proteger em lugares como a Linnaeus). Válido dizer que a Maddie tem uma história com um caçador que deixa as coisas meio suspeitas pra ela.

CARACTERÍSTICAS TRANSMORFO

Existe uma questão: alguns traços dos animais de transformação ficam muito evidentes mesmo quando os Transmorfos estão na forma humana, como o olho de Frankie e o de Maddie que é bem dourado.

SOBRE O LIVRO

A partir desse primeiro assassinato, as cinco meninas acabam se unindo porque passam a receber mensagens supostamente do assassino e, assim, começam a investigar. Só que, para isso, elas precisam confiar umas nas outras. Tudo se complica quando mais pessoas sumindo, corpos aparecendo e segredos sendo revelados.

Esse livro tem muito foco nas amizades, não só delas cinco, mas também com outros personagens, assim como várias metáforas sobre discriminação, observando o mundo Transmorfo como sociedade. Claro que também há os problemas clássicos de jovens entre 18 e 20 anos, drama, romance, além de mistério e intrigas.

Eu terminei esse livro em 2017 e, desde então, tem sido uma monta russa. Ele passou por mudanças, ele foi abandonado, ele foi reescrito. E agora, ele finalmente vai chegar nas mãos de leitores e eu não poderia estar mais feliz.

A CAPA

A capa foi criada por mim com ajuda e o molde de Nick Exaltação, minha amiga (que é capista!).

E  na capa aberta temos a aurora boreal um evento que marca o muito o livro em determinado momento.

Me falem nos comentários o que vocês acharam dessa capa.

Enfim, eu estou muito orgulhosa de anunciar que o  livro já está em pré-venda lá na minha loja integrada, assim como o e-book na Amazon.

Lembrando que a estreia oficial é dia 30 de agosto e que as entregas podem sofrer atraso por causa das complicações da pandemia.

Espero que vocês tenham se interessado e espero que gostem da leitura!

Deixem avaliações, me mandem mensagens e perguntas que eu vou amar ouvir e responder.

E esse mês de agosto é o mês de Transmorfo lá no youtube e no meu instagram (@bettinawinkler.pdf) então fiquem ligados para mais informações sobre o livro.

Beijos e até a próxima.

Autoria Contos Escrita literatura e escrita criativa

A Assimetria do Toque (Conto)

TW: abuso (implícito)

Eu sabia que não deveria sorrir.

Minhas pernas doíam, o estômago se embrulhava e a boca estava seca, como se tivesse comido areia morna. Tudo fruto da festa da noite passada.

O sol já havia nascido há algum tempo quando cheguei ao cemitério. Felizmente, não era muito longe de casa e eu sabia que o enterro já havia começado.

Observava de longe, escondida atrás de uma árvore, aquelas pessoas lamentarem a morte daquele homem nojento e terrível enquanto o pastor entoava palavras de amor e compaixão que me enojavam. Como poderiam amá-lo quando ele me tocou quando não deveria, onde não deveria? Já fazia alguns anos, mas ainda me assombrava quando fechava os olhos ou quando o toque vinha de outro.

Tentei descobrir qual daquelas mulheres chorosas, de óculos escuros, era casada com ele. Será que ela sabia que agora estava livre?

A pior parte era ver o meu pai no meio deles. Como ele poderia estar ali quando ele sabia? E se ele não sabia, como poderia não saber? Estava tão óbvio… aconteceu debaixo de seu nariz, dentro de sua casa, cometido por seu colega de trabalho e amigo de bar.

Que ele queime no inferno.

Sorri de novo sem que nenhum tipo de remorso me atingisse. Estava cansada do remorso. Tudo que sentia era alívio.

Agora que havia me certificado que era real, virei as costas e comecei a ir para casa, mas algo na esquina seguinte me impediu de continuar.

Reconheci o topo da sua cabeça castanha e suada ao se curvar para vomitar na beira da calçada.

Dessa vez a culpa me alcançou. Era ele! O garoto que havia me tocado durante toda a noite anterior.

Expulsei o sentimento de mim. Aquilo não era a mesma coisa. Eu havia permitido que o fizesse. Além disso, foi diferente, carregado de uma ternura que havia me surpreendido mesmo na embriaguez e no desconhecido. Tinha beijado minha testa enquanto esperávamos na fila para comprar bebida, acariciado meus cabelos quando fiquei sonolenta, me abraçado durante o tempo em que dançávamos na pista.

Eu disse ao meu cérebro: Não, isso não é a mesma coisa.

Me aproximei devagar enquanto ele limpava a boca com as costas da mão. Já ia cumprimenta-lo quando ele sacudiu as mãos para mim.

— Gostaria muito que não tivesse me visto assim — riu, sem graça, afastando os cabelos grudados na testa.

— Você está bem? — perguntei, olhando ao redor em busca de um vendedor de água, mas é claro que não haveria ninguém vendendo nada a uma quadra de distância do cemitério local.

Ele cuspiu no chão e tirou do bolso um pacote de balas de hortelã. Enfiou uma na boca e me ofereceu outra. Minha boca de areia salivou. Aceitei o doce e agradeci.

— O que faz aqui? — perguntou primeiro que eu.

Escondi a bala na bochecha esquerda antes de responder:

— Moro a duas quadras daqui, mas estava… fazendo uma visita.

— Veio direto da festa? — questionou, me observando.

Dei de ombros, fingindo indiferença.

— E você?

— Isso vai parecer muito mórbido, mas estou indo a um enterro. — Ele apertou os lábios rechonchudos como se estivesse ainda mais constrangido por aquilo do que pelo vômito.

— E veio direto da festa? — repeti sua frase, causando-lhe uma risada afetada.

— Eu precisava me distrair… por isso fui a festa. Se quer saber, você ajudou bastante. — explicou.

— Eu sou mesmo uma boa distração — comentei, sem querer, soando mais magoada do que engraçada. Ele percebeu também.

— Não é exatamente do que eu te chamaria. Pretendia te chamar para sair um dia desses, mas depois desse nosso encontro, — sinalizou o espaço entre mim e ele como se apontasse para o tempo presente — descartei a possibilidade, por causa de todo o vômito, do enterro e tudo mais.

Eu ri.

Depois de alguns segundos de silêncio, analisei o seu rosto que observava além de mim, como se pudesse enxergar o cemitério dali.

Um pensamento pairava sobre minha cabeça, terrível demais para que eu perguntasse. Mas agora o meu estômago estava ainda mais embrulhado e a bala em minha boca ficava cada vez mais enjoativa. Eu seria a próxima a vomitar.

— Está triste? — sondei.

— Claro que sim, — respondeu de um jeito ensaiado, desprovido de emoção.

— Está? — forcei a pergunta, exigindo mais do que aquela resposta. Queria cuspir a bala.

— Tenho que estar. Estou triste, mas também estou aliviado. —  Confessou de uma vez. —  Vim por causa da minha mãe, entende? Mas estou aliviado. — Sua frase soou como um balbucio.

Senti o gosto da bile.

— Aliviado? — repeti com dificuldade.

— O meu pai… ele não era um cara legal. — Ele baixou os olhos e disse mais algo que não consegui ouvir. — É melhor eu ir… já começou faz um tempo.

Anui e voltei a andar. Não me despedi e nem olhei para trás, mas senti seu toque quente em meu ombro e congelei.

— Eu te ligo.

Sua mão se demorou ali e senti a assimetria do toque com a lembrança das mãos dele, me esforçando para lembrar que aquele garoto não era o seu pai, assim como eu não era o meu. Meu corpo relaxou com a realização e mesmo sabendo que não deveria, cheguei à porta de casa com um tipo diferente de sorriso, carregado da leveza do fantasma do toque afável, concedido. Questionei a temporariedade, antes tão determinada, como normalmente acontece nas festas, daquilo que poderia não dar em nada, mas que ainda assim já era algo.

Sentindo o vento frio, resquícios da madrugada, com os braços ao redor do meu próprio corpo, percebi que pertencia a mim mesma a ponto de sorrir quando não devia e ser tocada apenas quando desejasse.

Autores Dicas literatura e escrita criativa

5 AUTORAS NACIONAIS QUE VOCÊ PRECISA CONHECER

Recentemente, eu resolvi dar início a um quadro no meu canal do Youtube chamado #rolenaestante e, para o primeiro vídeo, eu e autora Marie Pessoa decidimos mostrar algumas das autoras nacionais na nossa estante (física e virtual).

Confira um pouco sobre elas nesse post.

AS AUTORAS

MARIE PESSOA

(@marie.escritora)

Marie é escritora e jornalista, seu livro de estreia se chama Vertigo e está disponível na Amazon. Além de ficção e reportagens, Marie também escreve textos e resenhas em seu blog (mariepessoa.com).

VERTIGO: É um romance erótico que aborda temas como relacionamentos abusivos, amor próprio e feminismo.

Leia mais sobre.

JULIANA DAGLIO

(@judaglio2)

Juliana Daglio é psicóloga e autora de diversos livros: Uma canção para a Libélula, a série O Lago Negro e seu suspense recém publicado pela Bertrand Brasil: Lacrymosa. Além disso, escreveu diversos contos e participou de várias antologias, sendo organizadora também de Postumus – Relatos Sombrios.

LACRYMOSA: Valery Green fugiu de casa aos 16 anos e construiu uma nova vida bem longe do Brasil, tudo isso para fugir do mal que a persegue. E continua perseguindo. Mesmo depois de tantos anos, Valery ainda precisa lutar para manter as pessoas ao seu redor ao salvo por causa de um dom misterioso.

JADNA ALANA

(@escritora.jady)

Jadna é uma autora de fantasia publicada pela Editora Coerência. Alguns de seus títulos são A Princesa de Ônix, O Retorno do Príncipe e o Riacho do Jerimum, ambientado num mundo de fantasia no Nordeste.

Em breve, lançara uma nova fantasia distópica intitulada de Para Onde Vão as Sombras.

NICK EXALTAÇÃO

(@nickexaltação)

Formada em Letras, autora da série Grim Reaper e de diversos contos disponíveis na Amazon, Nick escreve também poesias e seus livros O Livro das Sombras e Lembranças são poesias resgatadas do Tumblr com o passar dos anos e falam de sentimentos profundos.

Confira um trecho:

“Eis que eu sou aquela que se escondia nas sombras

Eu que vivia como um fantasma vagando por essa terra, hoje escrevo poesia.”

MICHELLE PEREIRA

(@michellepereirass)

Michelle Pereira é autora do Guardião do Medo e do Demônio do Campanário além de vários contos sensacionais. A Michelle é muito talentosa também como designer e tem micro contos disponíveis para leitura em seu perfil do Instagram.

YOUTUBE

INDICAÇÕES DA MARIE

Não esqueçam de checar também o vídeo da Marie que, aliás, eu só tenho a agradecer por topar essa parceria comigo.

E eu quero saber de vocês. Quais autoras nacionais vocês têm na estante? Participem comigo e com a Marie e poste uma foto ou um vídeo mostrando autoras nacionais. Usá lá a tag #rolenaestante para a gente poder ver e compartilhar as indicações de vocês.